Dossiê Jango (05/jul/2013)



Dossiê Jango
Brasil, 2013
Direção: Paulo Henrique Fontenelle
Elenco: Flávio Tavares, Zelito Viana, Luiz Carlos Barreto, Carlos Lyra.
Sinopse: A vida e morte do presidente João Goulart. Além da discussão de fatos pouco esclarecidos da história brasileira. (1)
O filme traz à tona o conturbado período em que o ex-presidente João Goulart viveu no exílio e as nebulosas circunstâncias de sua morte. (2)
João Goulart havia sido eleito democraticamente presidente do Brasil, mas foi expulso do cargo após o golpe de Estado de 1 de abril de 1964. Depois disso, Jango viveu exilado na Argentina, onde morreu em 1976. As circunstâncias de sua morte no país vizinho não foram bem explicadas até hoje. Seu corpo foi enterrado imediatamente após a sua morte, aumentando as suspeitas de assassinato premeditado. Este documentário traz o assunto de volta à tona e tenta esclarecer publicamente alguns fatos obscuros da história do Brasil. (3 - AdoroCinema)
Duração: 102 min. Classificação: 12 anos.



Comentário:
Quanto mais investigamos nosso passado, mais nos conhecemos. Filmes como este são importantes por manter vivos os fatos, até para que não se repitam. Mas 'Dossiê Jango' resulta uma tese sem comprovações. Junta fatos isolados para formar uma teoria conspiratória, unindo a morte de expoentes da política brasileira, uruguaia e argentina num curto espaço de tempo e a histórica Operação Condor, num complô internacional para assassinar o ex-presidente brasileiro. A morte de Jango em si, tema do documentário, não se prova sequer suspeita. Era um cardiopata, com maus hábitos alimentares e deprimido por viver exilado. O filme convence mais ao lembrar as mortes de Carlos Lacerda e, principalmente, Juscelino Kubitscheck, estas sim suspeitíssimas. Em sua primeira metade o filme trata de legitimar seu personagem central como um grande estadista, que teria trazido o Brasil ao primeiro mundo, se não fosse boicotado pelos militares orquestrados pelo governo dos EUA. Uma mitificação que tende ao exagero e enfraquece a isenção do relato. Mas colateralmente é bem sucedido na acusação aos americanos, envolvendo até o icônico JFK nas tramas. Ao forçar a tese central de assassinato e inflar a figura de Jango o filme soa exagerado, mas como documento é sempre válido.



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